terça-feira, 6 de novembro de 2012

Arriscando o Patrimônio

  Essa semana vi um vídeo ótimo sobre o básico de analise fundamentalista criada por Bastter.
  Uma coisa que me chamou muita a atenção é a ideia de não arriscar o patrimônio para que ele sempre cresça.
  Essa ideia é colocada nos primeiros minutos do vídeo que explica muito bem uma maneira para iniciantes poderem escolher empresas usando o método fundamentalista.

Recomendo tirar um tempo para ver.


 Muitas pessoas(como eu), tendo como foco a Independência Financeira, não consideram o carro mais como patrimônio, pois é algo que desvaloriza, e não pode ser vendido facilmente  sem prejuízo para comprar itens de necessidade, caso seja preciso. Por isso comecei a pensar, como posso considerar patrimônio uma empresa com pouca liquidez, que pode se desvalorizar facilmente, isso poderia ser um grande risco e uma ofensa a mim mesmo quanto aos meus dias de trabalho duro, seria como "jogar dinheiro fora". A acumulação de patrimônio deve ser feita através de meios seguros.
  Se for para arriscar que não seja o patrimônio, seja algum dinheiro guardado para esse fim. E quando houver lucro, que parte desse seja enviado para acumulação de patrimônio, só assim poderia acumular com consistência.

  Acredito que muitos já fazem isso, mas sem perceber, usando a alocação de ativos, colocando grande parte de seu patrimônio em empresas com bons fundamentos e renda fixa ou renda variável como em alguns títulos do Tesouro Direto.
  Fazer trade ou outro investimento de risco com grande parte de seu patrimônio pode causar um enriquecimento quase instantâneo, mas em 90% das vezes causa prejuízos exorbitantes.
  Não sou defensor de nenhum método, pois já usei vários e quase todos me surtiram bons resultados, porém o quero passar é a necessidade (principalmente aos iniciantes) de investir uma grande porção de seu patrimônio em ativos seguros para que não aconteça uma perda que o desmotive a investir.
  O enriquecimento vem com o tempo e a constância de aportes não com a sorte, o juros compostos ao longo do tempo pode fazer milagres, porém a exposição exagerada ao risco pode causar pesadelos.
   
  Então CUIDADO! Estudem sempre, e tenham uma ótima semana.

2 comentários:

  1. Diferentemente de você, considero carro como parte do patrimônio.

    Da wikipedia:

    "Em contabilidade, de acordo com a sua dimensão jurídica, o patrimônio de uma empresa são os bens, direitos e obrigações que uma empresa possui. O termo também se aplica, com o mesmo sentido, para as pessoas naturais."

    Ora, se carro é um bem, então ele faz parte do patrimônio. O fato de se desvalorizar com o tempo não desqualifica ele como patrimônio.

    Note ainda que imóveis e veículos entram na conta de ativo imobilizado. O patrimônio líquido é o ativo menos o passivo. Logo, imóveis e veículos fazem parte do patrimônio.

    Observe que essa é a mesma nomenclatura que o governo usa no imposto de renda de pessoa física. No resumo de uma declaração, lá na última página, você vai encontrar "EVOLUÇÃO PATRIMONIAL" e, nesses casos, você vai ver a linha "Bens e direitos". Entra casa, carro, tudo.

    Acho que a grande confusão ocorre porque carro, em geral, não é um investimento. Se eu for considerar quanto eu tenho como investimento, eu nunca considero o carro ou casa própria. Apesar disso, esses itens entram no balanço do patrimônio.

    No cálculo do patrimônio, não entra apenas bens que geram renda nem que se valorizam. Entra tudo: casa, carro, títulos de capitalização etc. No balanço da carteira de investimento não, aí nesse caso entra apenas os investimentos.

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    1. Concordo com o que você disse, porém estou olhando mais pelo foco da Independência Financeira(vou dar uma modificada no texto). O carro ou a casa própria não é algo que será desfeito para se comprar comida, roupas, ou pagar água e energia(pelo menos nos planos de IF)
      Nunca coloquei carro ou casa em meus informativos, pois não posso considera-los investimentos, estão mais para passivos do que ativos, mas compõem minha declaração de IR.
      Já tentei ver minha vida como uma empresa, porém para uma empresa o que interessa é somente o lucro financeiro, então se você ver um carro na lista de ativos de uma empresa com certeza estará gerando lucro(talvez indiretamente). Já na nossa vida pessoal um carro pode ser apenas para conforto e lazer, então não poderia dizer que é um ativo.
      Mas você está certo de considera-lo patrimônio, porém não servirá para alcançar a IF.

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